Não sei a razão da minha aflição com a passagem dos dias. Seria medo da morte? Não, não é isso. Acho que é culpa; culpa de não ter feito tudo o que eu quis por covardia ou preguiça. E isso não é um dos melhores sentimentos; não mesmo.
Eu sinto saudade: do primeiro dia do ano, do primeiro fim de semana... Sinto saudade de Janeiro.
Tudo bem, eu sei que eu perdi a autonomia sobre Janeiro; sei bem. Mas dói, não dói? Claro que dói, principalmente quem sente e sabe que não viveu, não sugou todos os nutrientes, por assim dizer, dos dias de Janeiro - meu caso.
E a promessa de não fazer promessa, apenas viver - não deixa de ser uma promessa -, fracassaram. Mas hoje, como quem acende uma fogueira, eu reacendo o prometido: viver fevereiro, viver o restante dos meus dias. Mas eu não vivo? Eu acho que eu vivo, mas não sei qual tipo de viver eu procuro. É porque eu não consigo enxergar a simplicidade da vida, de se viver, como muitos dizem:
"Ora, como se vive a vida? Vivendo!".
Mas é só isso? Viver é tanto. Viver é renunciar a todo instante, e o que deixamos pra trás é o que incomoda, o que nos angustiará no fim.
E hoje é o fim de Janeiro.
É, eu sei que isso parece exagerado e dramático ao extremo; mas eu sou assim, eu sinto isso e eu irei me derramar assim, exageradamente.
Escrevendo, eu posso dissipar, de certo modo e com uma certa medida, essas agonias internas, essa angústia que vez ou outra me sufoca. E isso não é ser triste, é ser humana; porque o que não é humano é sufocar o que se sente apenas para alimentar as convenções. Aliás, eu estou farta das convenções e dos subordinados à elas. Tolos e fracos são os que se submetem a ela completamente, porque não serei hipócrita a ponto de dizer que não tenho que me render a nenhuma convenção que seja. Nós sempre temos, pois, do contrário, ninguém nos aguentaria. Mas olha, ultimamente minha preocupação em relação ao quanto e a quem me suporta é mínima.
Eu gosto mais das minhas verdades e das minhas convicções do que das convenções e dos supostos benefícios delas.
Fevereiro bate a porta, são 23:50. Vem, Fevereiro!
Vem, quero te viver! Quero te absorver por completo e poder, ao fim, dizer que de pouco me arrependi e me culpei; de muito pouco. Até porque, infelizmente ou felizmente, nós sempre iremos nos arrepender de algo; somos imperfeitos e faltosos com nós mesmos.
(Erica Ferro)
•••
P.s: O 'pós-texto' será curto, pois o texto foi praticamente (ou totalmente) um desabafo. A ideia que eu mencionei ontem e prometi revelar hoje, será mantida em segredo, porque eu estou amadurecendo a ideia e organizando-a.
Estou feliz e orgulhosa de mim (Ui! haha), pois consegui retribuir todas (sim, todas!) as visitas que eu estava devendo desde o ano passado e as desse ano; e por também não estar acumulando muitas tarefas bloguísticas (se eu acumulo, é culpa da minha preguiça - coisa que eu tentarei eliminar dos meus dias).
Enfim, enquanto a isso, estou satisfeita e me amando (Que lindo!).
É isso, pessoal, um último abraço de Janeiro pra vocês!
Até a próxima.
Estou feliz e orgulhosa de mim (Ui! haha), pois consegui retribuir todas (sim, todas!) as visitas que eu estava devendo desde o ano passado e as desse ano; e por também não estar acumulando muitas tarefas bloguísticas (se eu acumulo, é culpa da minha preguiça - coisa que eu tentarei eliminar dos meus dias).
Enfim, enquanto a isso, estou satisfeita e me amando (Que lindo!).
É isso, pessoal, um último abraço de Janeiro pra vocês!
Até a próxima.