Pessoas queridas que leem esse humilde blog, primeiramente queria me desculpar pelo sumiço. Tive muitas ideias de posts para o blog nesse mês de fevereiro, mas não consegui desenvolver por alguns motivos. Ou melhor, o motivo do meu sumiço foi a síndrome do pânico. E um pouco, só um pouco, de preguiça, porque sou uma procrastinadora de carteirinha e não posso negar isso. Mas principalmente a síndrome do pânico. Não quero fazer drama, mas preciso dizer que ter síndrome do pânico é uma das coisas mais cansativas, estressantes e deprimentes que existe na face da terra. Não tenho conseguido me concentrar nas minhas leituras, não consigo escrever direito... Resumindo: não consigo fazer nada direito, porque sinto dores de cabeça todos os dias, dificuldade pra respirar, pra dormir. Enfim, viver assim é bem complicado e suga todas as minhas energias, minha alegria, meu bom-humor. Vixe, okay, parei, isso está soando muito depressivo. E não, não estou depressiva, por mais que tenha me entristecido nos últimos dias. Entristecer-se é normal, certo? Ainda mais quando estamos na merda... Ops, ainda mais quando estamos passando por momentos difíceis, que até parece que não vão passar nunca.
Mas enfim... estou me cuidando, me tratando da síndrome do pânico. Começarei a tomar as medicações, que eu espero que funcionem, porque só a terapia cognitiva-comportamental não tem solucionado. Quero dizer, adoro as sessões com a psicóloga, me faz um bem danado. Mas eu tinha que dar um basta nos sintomas que eu venho sentindo, porque não é fácil viver com eles. Aliás, não dá mesmo pra viver com eles. No máximo, dá pra sobreviver. E eu não quero sobreviver, não quero empurrar essa coisa de pânico com a barriga, não quero ficar vendo os dias passarem e eu em casa, acuada, sofrendo com isso. Quero viver plenamente, como eu sei que é possível e como sei que conseguirei viver com a ajuda ou sem a ajuda dos remédios. Vou superar essa desgraça, ou não me chamo Erica Ferro. Droga, se eu não superar, vou ter que mudar meu nome. E eu gosto tanto dele, sério. Mas o que está dito, está dito. Promessa feita!
Mas eu não vim aqui só dizer isso. Na verdade, o que vim dizer é que passei em Biblioteconomia na UFAL.
(Imagem que a Pandora postou no meu mural com uma mensagem muito linda... Obrigada, moça. Você é uma querida!)
Sim, passei! Segundo ano que eu tento entrar na UFAL depois que terminei o ensino médio. Eu estava crente que ia passar no ano passado e, quando o resultado negativo veio, eu fiquei mal, quase joguei a toalha, chutei a barraca e desisti de tudo. Mas, como eu sou Erica Ferro, não pude desistir. Erica Ferro não desiste, no máximo ela se cansa. E eu tentei de novo, porque Raul disse que eu não podia desistir. Eu ainda creio que sacudirei o mundo. Okay, o mundo, tipo... todo o mundo, eu não sei se vou. Muito provavelmente não, mas o meu mundo, sempre que for possível, eu sacudirei. Quebrando a monotonia, não me entregando às dificuldades dessa vida, que por vezes são muitas e enormes. Sempre fazendo o melhor que eu puder pra ser feliz e me sentir realizada. É o mínimo que eu posso fazer por mim: é lutar por aquilo que eu quero e acredito. Ninguém pode comprar a nossa batalha, ninguém pode realizar nossos sonhos, ninguém pode acreditar mais na gente do que a gente mesma. É por isso que eu luto, independente do que digam, do que achem de mim e dos meus sonhos. Vivo em função de mim, não do que os outros querem ou acham que eu devo fazer. A vida é tão curta. Como costumo dizer: mais curta do que uma minissaia. É preciso que a gente faça essa coisa de vida valer a pena, estou certa?
(Imagem que postei no meu mural assim que soube da aprovação)
Fiquei muito contente com as felicitações dos amigos e conhecidos por telefone, pessoalmente e pelas redes sociais. Eu me senti, tipo, querida, amada, admirada, etc. Eu gosto de me iludir, sabe? De achar que o povo me ama, que me adora, que me acha f... Ops, isso lembra uma música, uma música da baiana roqueira, né?
Enfim, o que eu quero dizer é: estou feliz! Finalmente consegui passar num curso que eu realmente queria, em algo que eu sempre quis fazer. Tenho vontade de chorar quando alguns dizem que não sabem o que é Biblioteconomia, que deve ser um curso chato e que não sei o que lá. Tenho vontade de dizer: "Filho (a), você não conhece nada da vida...". Mas me contenho. Deixa o povo achando que Biblioteconomia é um curso idiota, sem graça, enquanto eu me deleito desbravando o mundo da Biblioteconomia, ganhando gosto por essa coisa de conhecer, de analisar, de selecionar, de organizar e disseminar informações pelo mundo. Como alguns me disseram:: "A Ericona já entende de algumas coisas, imagina essa menina bibliotecária... vai ficar genial, toda cultura e conhecimento!". Esses amigos que gostam de me iludir, sei não...
Obrigada, pessoas, por passarem por aqui, por me acompanharem aqui e nas redes sociais, por aturarem as minhas palavras devaneadas, apaixonadas, revoltadas...
Obrigada, de coração, a todos que curtiram o post que fiz sobre passar na ufal. Obrigada pelos comentários positivos, de votos de sucesso e de felicidades. Fizeram cócegas em meu coração e cheguei mesmo a chorar com alguns. E lá se vai minha fama de Ferro. Ferro que chora? Tsc, tsc, tsc... isso não está direito.
Volto aqui quando a síndrome do pânico der uma trégua e eu estiver em condições de escrever um post decente.
Um abraço da @ericona.
Hasta la vista!